terça-feira, 30 de outubro de 2007

A vitória ou a obscuridade !!

O que representa o 4º lugar de Ponta Grossa nos Jogos Abertos do Paraná? Inicio meu comentário de hoje trazendo a tona sobre a reflexão do esporte que temos em nossa cidade nos dias atuais. Sobre a falta do professor de Educação Física nas escolas municipais nem vou falar, pois pra mim, este é o maior sinal de descaso em nosso município sobre a falta de incentivo à atividade física para nossos pequenos. Será que ninguém percebe que devemos trabalhar a base? E quando falo base é olhar lá em baixo, para nossos pequenos.
Calculei o percetual de medalhas obtidas por nossa cidade por atletas contratados. Aproximadamente 46% dos pódiums conquistados em Toledo foram formados por atletas que vieram somar a participação de Ponta Grossa. Isso é ruim? Não, se respeitarmos as ideologias do Secretário Carlos Roberto Ferreira, pois a cidade conseguiu lugar de destaque, e quem sabe os resultados motivem o pontagrossense a querer vencer, sabendo que precisa lutar pra isso. Sim, se persarmos que o dinheiro investido na contratação destes atletas poderia ser destinado para o esporte local. Mas, daí temos dois caminhos. Seguirmos para os Jogos Abertos ou Jogos da Juventude, e passarmos vergonha, vendo equipes sendo massacradas ou perdendo para times medíocres, onde muitas vezes nossos atletas não estão nem aí com o resultado final. Ou deixar de pensar em quantidade e participação, e levar para estas competições realmente aquelas equipes que têm estrutura e condições de fazer um bom papel. Esta condição estaria restrita somente a algumas modalidades. Manter um grupo treinamento pelo menos oito meses do ano, e participando de campeonatos custa dinheiro, e a prefeitura de Ponta Grossa não pode bancar com toda a despesa. A falta de apoio por parte do empresariado local é antiga. Muitos destes que deixam de patrocinar vêm a aplicação financeira no esporte como uma despesa, e não como algo saudável pra sua empresa. Vou fazer um cáluco breve pra exemplificar a ação da secretaria de esportes. Peguemos um atleta do tênis de mesa que assine o projeto prata da casa por dez meses, ganhando 150 reais por mês. Ao final do contrato ele terá recebido 1.500 reais. Além disso a SER teria que dar o suporte para que ele participasse de competições a fim de pegar bagagem e rítmo de jogo. Então, coloquemos mais uns 1.500 reais. Custo total - 3.000 reais, para não se ter a certeza de que o referido atleta obterá medalhas. Então peguemos o mesmo valor mês e paguemos para um "estrangeiro" vir somente competir pela cidade, com a certeza de ficar pelo menos entre os três primeiros. O resultado do investimento na prática será melhor. Nenhum atleta local se sujeitará a ganhar 100 reais por mês para treinar, que seja, três vezes por semana, sacrificar família e trabalho, para tentar o sucesso num JAP's ou JOJUP's da vida. Este valor paga somente o vale-transporte para os treinamentos. Falta envolvimento dos clubes com as equipes adultas. Parece que ninguém se interessa por este filão do esporte, e quem está pagando caro por isto é a própria comunidade envolvida. No cálculo do sucesso esportivo, e na busca pelo respeito das demais cidades, parece que a atual administração, a exemplo do que já fez até 1995, acertou. Por outro lado, o pessoal pergunta: -"Mas porque valorizar tanto o atleta de fora?" Não é assim que as coisas funcionam. A atual administração quer aparecer bem na foto, e custa muito mais barato o investimento a curto do que a longo prazo quando se fala em material humano. Na verdade o próprio poder público concerta lá em cima, com o investimento nestes atletas "estrangeiros", o que ele mesmo estraga lá em baixo, com a falta de profissionais de educação física nas escolas municipais, local onde se concentraria o maior número possível de futuros atletas. Ele, o poder público, não pode ser responsável pelo sustento e até mesmo pela formação das equipes adultas. Este trabalho deve partir de pessoas interessadas, compromissadas com o esporte, e que, principalmente tenham respaldo e credibilidade perante a comunidade empresarial. Ninguém aposta mais em trabalho amador dentro do esporte amador. Boa semana à todos.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Em Toledo tudo correndo conforme planejado !!

Olá pessoal. Aqui em Toledo a participação de Ponta Grossa corre conforme a expectativa da Secretaria de Esportes. Nosso bolão e bocha masculino já estão retornando à nossa cidade. As duas equipes não conseguiram passar da primeira fase da competição. Falta de estrutura e o alto nível técnico das outras cidades, que acabaram trazendo atletas de fora, prejudicaram a participação dos pontagrossenses. O atletismo volta com a bagagem cheia de medalhas. Vanessa Zavolski e Aline da Rosa, foram os destaques. Mas, por falar em destaque, Aline da Rosa deu show na prova dos 100m com barreiras, ao vencer Eliza, da cidade de Cambé, que esteve defendendo o Brasil dos Jogos Panamericanos do Rio de Janeiro.
As equipes de vôlei e basquete estão invictas, e avançarão às semi-finais, com certeza. O handebol feminino, que disputa pela primeira vez a divisão A, também vai classificar, mas pega Cascavel na semi-final. time que está disputando a Liga Nacional.
O futsal feminino só jogou uma - cinco a um em Araucária. O masculino tem uma derrota, contra Paranavaí, e uma vitória, contra Matelândia. O ciclismo fez pódium triplo nesta manhã, na prova contra o Relógio. Enfim, diante dos convênios assinados, e da estrutura montada, Ponta Grossa vai fazendo o dever de casa. Infelizmente nas varias modalidades a cidade teve que receber reforços, e a isto deve-se a perspectiva de melhoras. Ponta Grossa não tem trabalho com equipes adultas. A estrutura está criada em cima do futsal, e de forma mais simples, em outros esportes. Mas, este espelho é importante. Pode fazer com que empresas, clubes e afins se inspirem, e tenham a certeza que as vezes não precisa muito investimento. Precisa acreditar no esporte como grande ferramenta de inserção social e de divulgação de marcas. É uma questão de visão. Nosso esporte adulto ainda é um menino carente. E fazer esporte de rendimento exige dinheiro, porque exigirá tempo e doação de quem estiver praticando-o.
Gostaria de aproveitar a oportunidade e agradecer as pessoas que estão tecendo comentários a respeito das minhas colocações. São meras opiniões de quem vive com intensidade esta área, e quer que a comunidade aprenda a gostar e praticar esporte. Meu humilde carinho à todos vcs. Boa semana.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Esporte pelo esporte !!

A vida me encaminhou para o lado do esporte, e hoje agradeço a Deus por, durante muitos anos ter me preparado para ser o que sou hoje. Estou a menos de 48 horas de cobrir, através do meu programa esportivo da TVM, mais uma edição dos Jogos Abertos do Paraná. Toda vez imagino que será a mesmiçe de sempre, e que muitos vão ganhar e outros, talvez merecidamente, vão perder. Mas, imaginem só. É só tocar aquelas músicas típicas de abertura de jogos que o arrepio vem imediatamente. Hoje estou do outro lado da linha que envolve o esporte em todos os seus mecanismos de motivação, divulgação e aprendizado. A excitação é a mesma de garoto. Poder retratar todas as suas emoções, estando de perto é algo inexplicável. Tenho batido numa tecla, que muitos ignoram. A comunidade em geral, políticos e poder públicos se preocupam com o imediatismo. No que se pode fazer para diminuir a violência, o consumo de drogas e acesso ilimitado dos nossos jovens aos computadores. Pois bem amigos. São praticamente 80 escolas municipais, e aproximadamente somente sete delas têm professor de educação física efetivamente atuando. O restante vive no ostracismo neste setor. Todos nós sabemos do poder que um profissional de educação física tem sobre seus alunos, e que, de suas atitudes podem estar surgindo novos atletas, ou ainda pessoas que futuramente tenham um pouco mais de respeito e dignidade. Todos nós sabemos que a grande maioria de atletas surgem das classes menos previlegiadas. E, analisando o contexto, as escolas municipais de Ponta Grossa estão inseridas nesta triste realidade. Nossa cidade sofre para criar atletas, mas não é por falta de material humano e nem por incompetência dos nossos profissionais. É porque uma minoria está tendo acesso á atividade física, ou pelo menos aprendendo a dar valor pra ela. Cada vez que presencio o início de uma competição como os Jogos Abertos volto meus olhos pra minha cidade, e vejo quanta incerteza rodeia nossos pequenos em relação ao esporte. E um dia alguém falou pra mim que militar em favor da atividade física, das oportunidades para nossos pequenos através do esporte é coisa que não leva a nada. Me desculpem, mas de ignorância já basta as que os políticos, eleitos por pessoas como estas que fez este triste comentário, já fazem com nosso rico e cego país.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Futebol Master na reta final !!

Foram definidos neste final de semana, os confrontos da semi-final do campeonato de futebol master, promovido pela Liga de Futebol de Ponta Grossa. O Palmeiras venceu o Kamarão por 2 a 0, e jogará contra o Unibox, que empatou em 1 a 1 com o Cruzeiro. Do outro lado, o Clube Verde venceu o Ipiranguense por 4 a 0, e medirá forças com o Clube Guarani, que passou pelo América por 2 a 1.
Mas, o ponto triste do nosso pobre futebol amador tem sido a arbitragem. No jogo entre Palmeiras e Kamarão, ví o presidente César Pitela, indignado com a falta e confusão que alguns árbitros andam fazendo. Verdade ou não, é que um dos bandeiras disse: - "mas me falaram pra vir aqui no UCA", quando, segundo o presidente, era pra ele estar no campo do Palmeiras. Por sua vez, lá na Palmeirinha, ví o rapaz encarregado de fazer a súmula do jogo, fazendo as vezes do bandeirinha. Cadê o homem encarregado de correr pela lateral do gramado?
PItela me confessou mais tarde, que além de tudo, está descontente com a atuação de alguns árbitros, e profetizou: "Ano que vem temos que fazer uma reformulação no quadro da nossa arbitragem, pois todos estão ganhando, mas alguns não estão sendo profissionais".
Tomara mesmo, que as coisas tomem o rumo da organização. Caso contrário, a Liga de Futebol de Ponta Grossa está fadada ao fechamento de suas portas.